Momento histórico não favorece a Rio+20, diz embaixador
Ineficiente, cara, burocrática, lenta. Ainda assim, absolutamente indispensável. Dessa forma, o embaixador Marcos Castrioto de Azambuja diplomaticamente critica e defende a mais representativa e importante instituição internacional. "A ONU é a cara do mundo", resume. Para ele, as Nações Unidas e a diplomacia internacional precisam encontrar o ponto de equilíbrio entre o alarmismo de ambientalistas mais radicais e o ceticismo político, que atrasam os acordos necessários para a preservação do meio ambiente. Foi ele o negociador-chefe do Brasil para a ECO-92, função que, na Rio+20, cabe ao embaixador André Aranha Corrêa do Lago. Azambuja acredita que o momento histórico não é favorável para a reedição da conferência que há 20 anos reuniu 108 chefes de estado no Rio de Janeiro. A Rio+20, prevê, será limitada pela conjuntura da crise econômica mundial e não terá o mesmo nível de participação da antecessora. Aos 77 anos, aposentado do Itamaraty, continua ativo na busca de consenso internacional, participando de reuniões de ‘think tanks’ em todo o mundo. Atua como conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e como consultor independente. Em entrevista ao site de VEJA, o embaixador relembrou as negociações que colocaram o Brasil no centro do mundo durante a ECO-92. A importância brasileira nesses 20 anos cresceu. E não só porque a economia brasileira aumentou em volume. "Somos suficientemente ricos para entender os ricos e suficientemente pobres para entender os pobres. Temos a capacidade existencial de compreender o que está em jogo", avalia.
Para ler a entrevista na integra acesse o portal eletrônico da revista Veja.
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