Haitianos participam da montagem das sedes da Rio+20 - Nota 013/2012
Não são apenas as questões ambientais que movimentam a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). A promoção do desenvolvimento econômico e social também mobiliza a organização do evento. Desde abril, trinta haitianos trabalham na montagem e preparação das sedes da conferência no Rio de Janeiro, como o Riocentro, o Parque dos Atletas, a Arena da Barra, o Anexo do Museu de Arte Moderna (MAM) e o Pier Mauá, em mais um esforço de inclusão social, que aproxima os governos do Brasil e do Haiti.
A participação destes trabalhadores na Rio+20 reforça os laços entre os dois países, que se estreitaram em 2004, depois que o Brasil assumiu a liderança da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti. Com a presença verde-amarela na região, que levou mais de 7 mil soldados à região, áreas foram reconquistadas e gangues, derrotadas, em um esforço de ajuda, reconstrução e recuperação.
Depois dos problemas econômicos e humanitários enfrentados pela população haitiana após o terremoto em Porto Príncipe no início de 2010, o governo brasileiro aprovou a concessão de 1200 vistos humanitários por ano. Depois de cinco anos, os beneficiados terão que comprovar atividade certa e fixação em determinada região.
A iniciativa de contratar haitianos para a Rio+20 é uma parceria entre a LPR, empresa de montagem dos locais da Rio+20, com a Cáritas, uma entidade de promoção e atuação social que trabalha na defesa dos direitos humanos, da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável solidário.
O contrato dos haitianos está de acordo com a legislação trabalhista brasileira, com carteira assinada, 90 dias de período de experiência e adaptação, além de todos os outros benefícios dos trabalhadores brasileiros. Aqueles que, após esses 90 dias, quiserem permanecer na empresa, terão os contratos renovados. O grupo está hospedado no Recreio dos Bandeirantes.
- NOTÍCIAS MAIS LIDAS
-
Não existe conteúdo a ser exibido nessa área.