Cúpula dos Povos termina com documento caracterizado pela pluralidade
A Cúpula dos povos pode ser resumida assim: uma semana (15 a 23 de junho) de encontros, debates, discursos, mistura de sotaques e de protestos em um ponto turístico lindo do Rio de Janeiro. Debateu-se do fútil ao importante. No final, de concreto, sobrou um documento de quatro páginas e vinte parágrafos, chamado Declaração Final da Cúpula dos Povos, que foi entregue ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.
Alguns pontos do documento merecem destaque como a proposta do fortalecimento das economias locais, a defesa da vida, a justiça social e ambiental e o reconhecimento do trabalho das mulheres como seres iguais aos homens.
Fora o aspecto político, a Cúpula abriu espaço para a arte sustentável. Nesse aspecto, os frutos foram ricos. Que o diga o artista plástico Vik Muniz que convocou as pessoas a trazerem lixo reciclável de casa e no final transformou tudo em uma obra coletiva. Intitulado "Projeto Paisagem", a obra poderia ter a participação de qualquer cidadão, desde que levasse seu próprio lixo reciclável. O resultado foi uma bela paisagem do Rio de Janeiro em tamanho gigante, bem ao estilo do artista.
Organizado por um coletivo de ONGs e movimentos sociais, mas sem uma liderança definida, a cúpula reuniu durante oito dias representantes da sociedade civil em atividades paralelas à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
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