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13/06/2012 14:20

13 de junho às 13h20


CNO Rio+20
Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, durante cerimônia de abertura do Pavilhão Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20 - Rio de Janeiro/RJ

Eu queria, primeiro, cumprimentar as autoridades aqui presentes.

 

O governador Sérgio Cabral, governador do Estado do Rio de Janeiro.

 

Cumprimentar os senhores e as senhoras embaixadores acreditados junto ao meu governo e membros do corpo diplomático.

 

Queria cumprimentar o secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, senhor Sha Zukang e cumprimentar também sua senhora, a senhora (incompreensível).

 

Cumprimentar os ministros de Estado aqui presentes. Cumprimentando a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; e o ministro Antonio Patriota, das Relações Exteriores.

 

Queria cumprimentar, também, o vice-governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.

 

Cumprimentar, também, o presidente da Assembleia Legislativa, aqui do Estado, deputado Paulo Mello.

 

Senador Rodrigo Rollemberg.

 

Senhoras e senhores deputados federais.

 

Senhor Eduardo Paes, meu querido prefeito do Rio de Janeiro.

 

Senhor Mauricio Borges, presidente da Agência Brasileira de Exportações e Investimentos, Apex.

 

Queria, também cumprimentar o senhor Marcelo Dantas, curador da exposição do Pavilhão Brasil.

 

Senhores jornalistas, senhores fotógrafos e cinegrafistas.

 

Senhoras e senhores.

 

Estamos a uma semana da abertura oficial da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.

 

É uma honra para o Brasil sediar uma conferência mundial, cujo objetivo é firmar compromissos importantes sobre o futuro que todos nós, governantes e cidadãos, queremos para nós e para os nossos descendentes.

 

Hoje, aqui nessa cidade, nessa cidade que o poeta chamou de Cidade Maravilhosa e que tem o privilégio de sediar esta conferência, nós assistiremos ao longo dos próximos dias a discussão sobre o futuro que queremos para nós, o futuro que queremos para nossos filhos e nossos netos e o presente que temos a responsabilidade de transformar.

 

Nós abrimos aqui o Pavilhão do Brasil para mostrar a todos os brasileiros e ao mundo um pouco do que o nosso país tem feito pelo desenvolvimento sustentável ao longo dos últimos anos. O Pavilhão Brasil conta com a presença de pavilhões dos governos estaduais e dos estado da federação que nos requisitaram espaço.

 

Portanto, este espaço do Pavilhão Brasil é um espaço onde todos poderão conhecer algumas das realizações e dos avanços do nosso país em termos de crescimento econômico, distribuição de renda e inclusão social.

 

Sempre com uma imensa capacidade de buscar e uma grande consciência de que é necessário, ao fazer tudo isso, integrar o meio ambiente em nossas ações. O meio ambiente não é um adereço. O meio ambiente faz parte da visão de incluir, da visão de crescer , porque em todas elas nós queremos que estejam integrados o sentido de preservar e de conservar.

 

Aqui apresentamos exemplos concretos de como o Brasil cumpre seus compromissos, aliás, assumidos de forma voluntária. Não são compromissos que nós fomos obrigados a assumir. São compromissos que nós definimos para nós mesmos porque consideramos que a sustentabilidade é um dos eixos centrais da nossa concepção de desenvolvimento.

 

Nós queremos mostrar a todos aqueles que visitam o Brasil as conquistas alcançadas e o nosso compromisso de redução da desigualdade de forma definitiva e perene. E esse compromisso com a justiça social num momento importante para o mundo, num momento em que nós vemos conquistas de países avançados na área da inclusão e do desenvolvimento social sofrerem um duro reverso.

 

Nós não consideramos que o respeito ao meio ambiente só se dá em fase de expansão do ciclo econômico. Pelo contrário, nós consideramos que um posicionamento pró crescer, incluir, preservar e conservar é parte intrínseca de uma concepção de desenvolvimento e, sobretudo, diante das crises é necessário que tenhamos a consciência que não tem desenvolvimento possível feito na base de ajustes que só prejudicam pessoas, de ajustes que só prejudicam a preservação do meio ambiente ou da biodiversidade. 

 

Esse tipo de ajuste também não leva ao desenvolvimento econômico. E nós temos clareza que a questão da inclusão social, ou seja, da distribuição de riqueza para as pessoas, é elemento crucial de qualquer política econômica em qualquer tempo. Isso também diz respeito à questão do meio ambiente e, portanto, consideramos que os critérios que devem ser usados para definir o metro com o qual nós vamos nos medir é um critério triplo, um critério que articula incluir, conservar e crescer.

 

Nós queremos, também, mostrar aos visitantes que nós tornamos isso possível. Que isso não é uma afirmação de vontade, não é um posicionamento subjetivo. É também um posicionamento subjetivo e uma manifestação de vontade. Mas é, sobretudo, uma realidade.

 

Nós soubemos, com a participação de todos os brasileiros e brasileiras, fazer muito nesses anos. E porque temos um desenvolvimento e um modelo sustentável de crescimento, nós não achamos correto mudá-lo ao sabor das crises. Pelo contrário, vamos reforçar as nossas opções porque temos a convicção de que são elas que tornam a nossa capacidade de enfrentar e superar crises o nosso maior argumento e o nosso principal instrumento.

 

Nós temos certeza que aqueles que nos derem o prazer de visitar o pavilhão do Brasil, terão oportunidade de conhecer um país em transformação, um país que não apenas tem futuro mas soma no presente continuadas importantes conquistas. Como vocês viram no filme, esta ideia de transformação é uma ideia que nós consideramos que é intrínseca de fato ao DNA da humanidade, mas é também uma transformação que nós podemos dirigir.

 

Tem várias transformações possíveis. Nós somos a favor dessa transformação que combine esses três eixos. Um Brasil cuja economia cresceu, em uma década, 40%. Um Brasil que criou, nos últimos dez anos, 18 milhões de empregos formais, e que registra um dos menores níveis de desemprego da sua história. Um país que, na última década, criou condições para elevar à condição de classe média 40 milhões dos seus brasileiros e das suas brasileiras.

 

Esse país é um país que quer discutir. Não tem a pretensão e soberba de querer ter todas as respostas, mas apresenta uma resposta possível, que nos consideramos que é, pelo menos até onde a nossa vista alcança, no passado e no futuro, um dos melhores modelos que nós conseguimos, e queremos compartilhá-lo com o mundo.

 

Desde 2004, o nosso desmatamento diminuiu 77%. Nós registramos o menor índice de desmatamento este ano. Nós respondemos por 75% das áreas de preservação ambiental criadas no planeta, desde 2003. Nós temos 45% da nossa energia decorrente de fontes renováveis.

 

Nós consideramos que a nossa agricultura, ela tem uma imensa capacidade de ser sustentável, porque consideramos que o plantio direto na palha, a fixação do nitrogênio no solo, a rotação lavoura-pecuária são instrumentos que tornam a nossa agricultura não menos, mas mais competitiva.

 

Nós acreditamos que respeitar o meio ambiente significa também melhorar a produtividade do nosso solo, significa preservar as nossas riquezas naturais e garantir um crescimento que é aquele que nós queremos. 

 

Um crescimento que respeite, ao mesmo tempo, a nossa população, os seus direitos, a sua cidadania, e, também, que garanta que o nosso povo tenha consciência pública, no sentido de garantir oportunidade a todas as pessoas, sem restrição de crença, de credo, de opção sexual, de raça, e garantindo oportunidades para todas as pessoas, para as crianças com deficiência, incentivando o empreendedorismo, incentivando o que existe de melhor nas pessoas, que é essa capacidade de transformar o mundo e de se transformar junto.

 

Nós somos, de fato, país continental, e este país continental, ele é capaz de mostrar a humanidade, e é essa a nossa mensagem na Rio+20, que nós confluímos e convergimos para afirmar que os povos dos países, para as populações da África, da Ásia e da América Latina que não partilharam dos frutos do desenvolvimento possam partilhar deles através de um processo de inclusão social de ampliação de suas oportunidades, e que isso é possível fazendo o país crescer e respeitando o meio ambiente.

 

A Rio+20, ela faz parte de um processo, que começa com a Rio 92. Naquela época, se colocou o meio ambiente e a sustentabilidade na agenda mundial. Vinte anos depois, nós demos, e teremos de dar, outra partida nesse processo, outro início, um recomeço, pois nós precisamos provar que esse outro mundo que nós julgamos possível e real é também um mundo em que cabe um alerta. Cabe um alerta sobre a necessidade de um compromisso entre todos os países do mundo.

 

Eu dou as boas-vindas aos participantes da Conferência. Receberemos todos, sem exceção, de braços abertos, com o tratamento caloroso que nós brasileiros e brasileiras, que os cariocas costumam dedicar a todos os visitantes que chegam a esta terra.

 

Sejam bem-vindos governantes, técnicos, empresários, pesquisadores, estudiosos, ativistas e ambientalistas. Apreciem o Pavilhão Brasil. Sintam-se em casa em nosso país, e sintam-se absolutamente em casa nesta cidade mais uma vez, que mostrará ao mundo o quão maravilhosa é.

 

Muito obrigada.

 

Ouça a íntegra do discurso no Site do Planalto. 

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