Mobilização, cultura e diversão na Cúpula dos Povos
Aberta ao público desde sexta-feira, 15, a Cúpula dos Povos é um dos maiores eventos paralelos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
Várias tendas ocupam um amplo espaço no Aterro do Flamengo, e são palco de diversas palestras, plenárias e manifestações culturais, que têm o objetivo de promover a mobilização social, buscar soluções para os problemas ambientais e demonstrar a força política da sociedade civil organizada.
A Cúpula é organizada pelo Comitê Facilitador da Sociedade Civil para a Rio+20, representando a sociedade civil global, e reúne os grupos e as discussões mais diversas. As atividades realizadas na Cúpula baseiam-se em três eixos de ação: denunciar as causas da crise socioambiental, apresentar soluções práticas e fortalecer movimentos sociais do Brasil e do mundo.
Atividades na Rio+20
Os principais debates socioambientais e de síntese das reflexões são realizados nas Atividades Autogestionadas de Articulação e Assembleia dos Povos. Segundo informações da organização, haverá cinco plenárias simultâneas, cada uma com três sessões seguidas de construção de posicionamento a partir das contribuições das Atividades Autogestionadas.
A programação política da Cúpula dos Povos nesta terça-feira, 19, gira em torno do debate “Causas Estruturais e Falsas Soluções”, com Atividades Autogestionadas dos 9h às 13h30 e uma Assembleia dos Povos das 14h às 18h.
Na quarta-feira, 20, haverá uma Mobilização Global, às 15h, com o tema “contra a mercantilização da vida, em defesa dos bens comuns”.
Para conhecer a programação dos próximos dias, acesse o site da Cúpula dos Povos.
A expectativa da organização é de que o evento reúna cerca de 15 mil pessoas por dia.
Lazer na Cúpula
Além de discutir assuntos mais sérios relacionados ao meio ambiente, os visitantes podem se divertir e conhecer novas culturas. Basta daruma volta pelo espaço para perceber ela atende a todos os gostos, de candomblé a rodas de dança e grupos indígenas.
Que tal pintar o braço ou a perna com jenipapo por apenas R$3? O responsável pela arte é o índio Tkibumrã, da tribo Xerentes, do estado de Tocantins. “Eu quero sentir na pele a nossa história”, comentou a psicanalista Ana Maria, que se mostrou animada com o fato de ter que ir para o trabalho com a pintura no braço, já que a tinta do jenipapo fica na pele por até 10 dias.
No Rio de Janeiro há nove meses com a família, a argentina Maria Ines levou os filhos para visitar o evento. “A escola passou algumas atividades relacionadas à Rio+20, então eu vim para que eles pudessem participar. Estamos gostando muito”, comentou.
Quem também aprovou o evento foi Rolando Castro, da Costa Rica, que se apresentou em uma plenária e falou sobre a mineração em seu país. “Esta é a minha segunda vez aqui no Rio de Janeiro e eu estou achando tudo muito interessante.”
A Arena Socioambiental, no MAM, é um dos espaços mais procurados. Acolhe rodas de debate, uma exposição e atrações musicais. No sábado, 16, o grupo brasiliense Patubatê foi o responsável pela animação do público da arena. Transformando sucata em instrumentos musicais, o grupo faz uma releitura moderna dos ritmos brasileiros através da música eletrônica de fundo. “Desde que as conversas sobre a Rio+20 começaram, nós colocamos como meta nos apresentar aqui, nem que fosse ao ar livre, no meio da Cúpula”, explicou Fred Magalhães, líder do grupo.
A atividade de Vigília da Cúpula dos Povos começou no dia 17 de junho. Seu objetivo é discutir e promover os direitos humanos por meio das simbologias e expressões das diferentes tradições religiosas. A Vigília será na tenda principal do espaço Religiões por Direitos.
Cúpula dos Povos
Aberta ao público do dia 15 ao dia 23 de junho, das 9h às 20h. Os dias 5 e 20 de junho serão de mobilização global.
Aterro do Flamengo – Rio de Janeiro.
Para mais informações sobre os eventos da Cúpula dos Povos, localização e programação, acesse o site
- READ MORE NEWS
-
There is not content to be displayed in this area.