Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA), entre 2004 e 2011, houve diminuição de 77% no desmatamento na região amazônica.

As razões para esse resultado positivo e a implementação de políticas mais eficientes de conservação das florestas foram os temas de um debate realizado nesta sexta-feira, 15, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

Para Jorge Hargrave, técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Governo desempenhou papel primordial nessa conquista para o meio ambiente. “Estimamos que 50% dessa queda no desmatamento seja reflexo das políticas públicas do Governo Federal, especialmente da Política de Comando e Controle do IBAMA”.

A decisão de envolver diversos ministérios no Plano de Combate ao Desmatamento, iniciado em 2004, é apontada como diferencial por Francisco José Barbosa de Oliveira Filho do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento do MMA. “Hoje temos 16 ministérios que estão sendo coordenados pela Casa Civil e trabalham juntos na redução do desmatamento”, explicou. 

Crescimento econômico e conservação? 

Segundo Oliveira Filho, a grande dúvida sobre a continuidade das boas notícias na Amazônia e também no Cerrado refere-se ao desenvolvimento econômico do Brasil. Seria possível conciliar conservação e crescimento? 

A resposta é sim, diz Oliveira Filho. “Estamos agora formatando a terceira fase do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia. Nosso foco está no fomento de atividades produtivas sustentáveis na Amazônia e na intensificação da produção de baixo carbono nas fronteiras agrícolas abertas”, explicou. 

As queimadas são apontadas como responsáveis por cerca de 70% das emissões de carbono brasileiras. Com esses avanços na redução do desmatamento, o país está caminhando na direção de cumprir o compromisso assumido em Copenhagen de metas de redução de 36% a 38% até 2020.