Para garantir a maior acessibilidade possível em todos os espaços físicos e serviços ligados à Conferência, o Comitê Nacional de Organização da Rio+20 tomou diversas medidas para atender os participantes com algum tipo de deficiência ou dificuldade de locomoção.

A meta foi espalhar o conceito de acessibilidade não apenas na conferência, mas também por toda a cidade do Rio de Janeiro, sede do evento.

A iniciativa de facilitar o acesso físico em todas as áreas da conferência abrange tanto as pessoas credenciadas para a agenda oficial quanto as que participarão dos eventos paralelos, a serem realizados em áreas da Barra da Tijuca, no Parque do Flamengo, no Píer Mauá e na Quinta da Boa Vista (confira a programação completa – linkar para Eventos Paralelos).

Entre as medidas adotadas para garantir a participação e inclusão de todos na Conferência estão:

• Legendas em tempo real em português e inglês durante os debates;
• Áudiodescrição e interpretação em Língua de Sinais (Libras e Sinais Internacionais);
• Impressoras em Braile, sob demanda;
• Atendimento especializado para pessoas com deficiência;
• Voluntários com conhecimento de Libras;
• Transporte coletivo, como ônibus e metrô adaptados;
• Plano de sinalização com piso tátil para alertar deficientes visuais e com baixa visão de obstáculos existentes.

Também foram adotadas medidas de acessibilidade para a página oficial da Rio+20 na internet. O portal foi desenvolvido seguindo as diretrizes mais modernas, com o uso do sistema eMAG-3 que auxilia a navegação de pessoas portadoras de necessidades especiais.

O site permite ainda, entre outras ações, ampliar o tamanho do texto e navegar via teclado, não dependendo do uso exclusivo do mouse.

Além das adaptações nos locais da conferência, outros projetos de acessibilidade foram espalhados pela cidade-sede. O MetrôRio é um bom exemplo. A empresa que detém a concessão do metrô carioca já instalou em diversas estações novas rampas, marcação em braille em corrimãos, piso podotactil (que indica o caminho no chão para deficientes visuais por meio do tato e por contraste de cores) e assentos prioritários.

O Brasil possui ainda leis que asseguram a acessibilidade aos cidadãos portadores de algum tipo de deficiência ou dificuldades de mobilidade. Segundo decreto da Presidência da República, de 2 de dezembro de 2004, os órgãos da administração pública, empresas prestadoras de serviços públicos e as instituições financeiras deverão dispensar atendimento prioritário às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

A legislação determina, conforme estabelecido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que o tratamento diferenciado inclua itens como:

•  Assentos de uso preferencial sinalizados, espaços e instalações acessíveis;
• Mobiliário de recepção e atendimento obrigatoriamente adaptado à altura e à condição física de pessoas em cadeira de rodas (um exemplo são os banheiros de locais públicos e cadeiras especiais em cinemas);Divulgação, em lugar visível, do direito de atendimento prioritário das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida;
• Admissão e permanência de cão-guia ou cão-guia de acompanhamento junto à pessoa portadora de deficiência ou de treinado em edificações de uso público e naquelas de uso coletivo, mediante apresentação da carteira de vacina atualizada do animal.

Foto: Divulgação MetrôRio